Little By Little

Pouco a pouco, agente acaba esquecendo tudo que aconteceu e, com isso, a vida se torna menos dolorosa. Talvez seja hipocrisia pensar dessa maneira, mas é o que acontece sempre.
Pois dói menos esquecer que uma pessoa de nosso círculo de relacionamentos faleceu do que continuar pensando nela, dias após dia. É muito mais fácil dizer que nunca se perdeu alguém querido do que pensar e amaldiçoar Deus e o mundo por tal indivíduo não estar mais com você. É irritante como tantas pessoas fazem isso e ainda não querem ser esquecidas, porém, no momento em que se esquece de alguém, não se deve receber tanto mérito após sua própria morte.

Eu, pessoalmente, posso dizer que nunca perdi alguém muito próximo, pois todas pessoas que faleceram, até hoje, em minha família ou no meu círculo de relacionamentos de amizade não eram tão próximas ou eu não tão íntima como deveria.

Pouco a pouco, as pessoas criam uma certa intimidade e começam a mentir. Não porque querem mentir, mas porque é costume e, para essas pessoas, é necessário. Tudo bem, eu sei. Como mentir pode ser necessário se interefere, muitas vezes, de maneiras negativas a vida de muita gente? É difícil responder, mas a vida dessas muitas pessoas depende dessas mentiras, pois muitas delas não saberia conviver com a triste verdade.

Pouco a pouco, os pingos de água que caem do céu tornam-se uma chuva forte de inverno. Por quê eu disse isso? Porque pouco a pouco, tudo muda de uma simples garoa para uma duradoura chuva de inverno que, se você não der um jeito, ela vai destelhar a sua casa ou inundá-la com as goteiras que você teve preguiça de tampar.

Pouco a pouco, a gente se apega às pessoas que, antigamente, nos faziam sofrer e colocamos em nossas cabeças que esses indivíduos nunca fizeram nada para nos magoar e que era apenas algo psicológico nosso, sendo que nos foi provado que essas pessoas fizeram por gosto.

E, pouco a pouco, nos apaixonamos por desconhecidos e passamos a pensar neles em todos momentos de nossas vidas como se essa pessoa fosse nossa conhecida há anos. E passamos a viver por e para essa pessoa, simplesmente para vê-la sorrir.

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