Beaultiful Soul

Eu não quero ninguém, além de você e sua bela é alma, como diz a letra dessa música. Por quê isso? Ah, vou contar minha dramática história sobre minha lentidão com meus relacionamentos afetivos, pela milionésima vez.

Segunda-feira - 22/09

Eu estava chegando da escola depois da minha decepção em relação às minhas notas em Física, desci do ônibus quase que sendo jogada para fora do mesmo, comecei a caminhar na quadra, um pouco elevada, que vai em direção ao meu prédio e vi do outro lado da rua meu vizinho. Na hora, ele sorriu e fingiu voltar e eu fingi ficar brava para entrar na brincadeira, então atravessei a rua e ainda brincamos um pouco, me despedi ligeiramente continuando a ir para casa. Nesse momento, ele virou-se ainda mais rápido para mim e disse antes que eu fosse realmente embora: "-Espera, vamos nos sentar aqui e conversar um pouco."; quando ouvi tais palavras meu coração disparou como nunca havia feito antes, eu sorri para ele e brinquei que era coisa de uma garota "qualquer" fazer e eu não queria ter mais rótulos negativos do que já tinha, foi aí que ele sorriu e sentou ali em um muro baixo de um prédio que havia na esquina de nossa rua. Após tal reação, obriguei-me a ficar, conversamos sobre tudo e mais um pouco, até que ele viu sua tia do outro lado da rua e, surpreso, saiu correndo para atravessar a rua e falar com ela. Eu fiquei um pouco receosa, mas sabia que ele tinha seus problemas, então sorri e sussurrei de maneira que um breve eco surgiu: "-Tudo bem, tchau. Até depois.", foi um momento espantoso e, ao mesmo tempo, triste, pois algo que eu gostaria era de despedir-me sorridente e voltar a viver.

Cheguei em casa, meu pai e meu irmão saíram um pouco depois e fiquei, no msn, conversando com uma amiga (Nena) sobre ir ou não na casa dele, até que ela me ajudou a tomar uma decisão que mudou de diversas formas a minha vida pessoal e o que restou de minha popularidade positiva em meu prédio. Subi as escadas do bloco em que ele mora até o segundo andar, bati na porta e aguardei alguns instantes até a tia dele atender a porta e perguntar o que queria, contudo respondi nervosa: "-Eu queria falar com o [...]", ela o chamou e, antes que ele pudesse bater com a porta, me viu, sorriu e saiu de casa para conversamos nos corredores de seu bloco por pouco mais de hora, novamente sobre tudo, até seu tio chegar e lhe dar um breve chingamento.
Ao chegar em casa, fiquei um pouco triste, pois ele poderia ter problemas por minhas causa, mas algo me deixou muito alegre e até mais apaixonada: "-Ela é minha amiga", quando ele disse isso tudo pareceu tão magnífico, tudo pareceu tão singular, pois ele disse que me considerava alguém na vida dele e, de certa forma, disse que se importava comigo mesmo que pouco. Ele colocou em risco sua liberdade só pra dizer que eu era amiga dele. Aquilo foi maravilhoso e inesquecível.

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