Why

O post anterior não ficou tão bom o quanto deveria, pois meus sentimentos por ele mudaram. Como foi tão rápido? Eu sou garota e ele fez algo que eu considerei insuportável, até para mim. Quem ler isso vai se perguntar também o que foi que ele fez pra me deixar assim, não é? Ah, eu não sei se já disse, mas eu acho que ele e eu podemos ser apenas amigos.

Mas por que meus sentimentos por ele mudaram tanto a ponto de nem isso eu querer? Porque, simplesmente, ele fez a única coisa que qualquer garota abomina que seu amor/paixão/amigo faça: ele falou de outra garota. Não, não foi de outra garota qualquer, pois se fosse eu entenderia, mas ele falou de uma garota que odeio com todas as minhas forças e que sempre dá um jeito de roubar algo de mim, inclusive garotos que se aproximam de mim. Ah, não, ele não ficou falando de maneira apaixonada dela, até porque ele já havia me dito que não suportava garotas como ela, todavia ele ficou falando dela e isso não foi nada agradável, pois eu estava ali e ela não precisava ser nosso assunto principal já que ambos não gostavam dela.
Irei narrar pois desperdiço menos palavras tentando me explicar:

Quarta-feira 24/9

Eu acordei às 6h da manhã de tanta ansiedade e comecei a fazer uma "chapinha/prancha" caprichada em meus cabelos e terminei lá pelas 8:30, pois ainda estava retocando. Me vesti lentamente e comecei a ligar para ele. Às 9:30, ele me atendeu, após muito tempo, e perguntei:
- Já acordou?
- Já. - disse ele.

Então perguntei se já estava pronto e ele me disse com uma voz de muito sono:
- Quase.

Eu percebi que ele estava com sono, mas pensei que não iria "furar" comigo e fiquei o esperando em um local de meu prédio que parece-se muito com uma varanda, mas é de todo andar e tudo mais. Lá, eu esperei durante meia-hora e resolvi voltar pra casa e assistir tevê. Quando eram 11:37 resolvi ligar para ele novamente e, a primeira coisa que ele me disse foi:
- Desculpa. - disse-me com uma voz doce - eu acabei dormindo.
Então fiquei um pouco chateada, mas sempre mudo meu humor ao falar com ele e, lhe disse em tom imperativo:
- Tanto faz. Mas agora te arruma de uma vez porque às 12:15 vou aí e vamos pra aula lá por umas 12:30 pra não vermos as vizinhas chatas.

Ele concordou e desliguei. Algum tempo depois, avisei minha mãe e saí. Cheguei na casa dele, apertei a campainha duas vezes e ele gritou:
- Já vou.

Eu esperei durante algum tempo e liguei pro celular dele, antes de atender ele falou próximo à porta:
- Espera aí.

Ele abriu a porta com um sorriso no rosto, pegou a mochila, abriu a grade e saiu falando:
- Quando tu apertou a campainha eu estava no banho, então gritei que já vinha, mas corri pra tomar banho.

- Começou a tomar banho agora?

- Sim, mas me apressei pra te atender. Agora que saí do banho até tinha pensado que tu tinha ído embora.

- Não, eu queria te chingar primeiro. - risos -

Nós descemos as escadas e fomos indo em direção ao colégio. Quando chegamos ao meu bloco/prédio, eu o avisei que deveria subir para pegar minha mochila e já desceria, quando desci, ele avisou-me:
- Já volto. Vou pegar pilha pro mp3, cuida da minha mochila.

Após um tempo ele voltou e fomos em direção à parada de ônibus esperar o meu e conversar um pouco. Enquanto caminhávamos, conversávamos, basicamente, sobre tudo e ele, como de costume, concordava com o que eu dizia e ria de minhas besteiras. Eu adorava, pois ninguém ri do que digo a menos que seja muito engraçado e...aquele sorriso encantador me faz querer que ele ria mais e mais.

Ao chegarmos na parada de ônibus nos sentamos naqueles negócios que tem pra sentar nas paradas (não sei explicar o que é e nem como), então continuamos conversando até chegar às 12:47, eu lembro a hora exata, pois resolvi olhar no celular que horas eram para ir pra escola de uma vez. Nesse momento um ônibus, que eu queria que não parasse ali, parou e desceu alguém. Então ele viu quem desceu e disse:
- Ah, tinha que ser...

Eu fiquei com uma dúvida enorme na cabeça, mas fiquei quieta. Maldita hora que resolvi ficar quieta, pois uns segundo depois eu virei para trás e vi a última pessoa no mundo que eu queria ver, minha vizinha que vou dizer que seu nome é Luana(nome fictício, não gosto de citar nomes diretamente). Luana chegou perto de mim, passou a mão nas minhas costas como um tapinha de amigo falso e sorrindo olhando para ele, começou a me cumprimentar, como se ele não estivesse do meu lado e ela estivesse o observando com aqueles olhos de águia. Ele, já irritado, mandou-a embora que assim o fez depois de despedir-se de mim. Nesse momento, em que ela virou-se e se foi, meu inferno chegou: ele começou a falar dela sem parar. Eu tentei mudar e assunto ou rir da situação, mas ele não parou, parece que ele queria ver até que ponto eu agüentaria. Eu quase enloqueci, não agüentava mais ouvir o nome dela e quando eu pensava que ele tinha parado e mudado de assunto, ele dizia o nome dela. Foi insuportável. O que eu fiz pra merecer que ele fizesse aquilo? O que eu fiz pra que ele passasse os nossos últimos minutos juntos falando dela? Eu devia merecer mesmo. Eu devo ter sido muito má com outras pessoas e agora estava recebendo o troco.
Isso é motivo pra eu ficar irritada a esse ponto com ele? Pra uma adolescente escutar o nome de outra garota de quem se gosta por mais de uma vez é a mais tenebrosa dor. Que eu acabei sentindo e preferia esquecê-la.

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